Com o objetivo de ampliar as relações institucionais com o Ministério da Justiça, o presidente da Associação de Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Nelson Alves, os ex-presidentes da Associação e os juízes dos Tribunais Regionais Federais, se reuniram com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na última segunda-feira (27). Uma das pautas abordadas no encontro foi sobre o sistema carcerário, especialmente voltado a educação dos detentos, em que o projeto em parceria com o Instituto Mundo Melhor foi citado como referência na área.
Intitulado de “Ajufe Por Um Mundo Melhor”, o projeto oferece cursos sem fins lucrativos aos apenados do sistema penitenciário brasileiro. Atualmente, o programa funciona em 15 estados e a ideia é ampliar para todo o Brasil. “O projeto é para que eles possam sair do sistema carcerário qualificados para o mercado de trabalho, após terem cumprido seu débito com a sociedade, dos crimes que cometeram, mas que tenham também a chance de ressocializar”, disse o presidente da Ajufe, o juiz federal Nelson Alves, em entrevista à CNN.
Recentemente, o projeto atingiu a expressiva marca de mais 100 mil cursos realizados, mas, a presidente do IMM, Cirlei Simão Pauliki, salienta que o objetivo é fazer esses números crescerem ainda mais. “A educação é uma forma de reabilitação, uma forma de que o egresso do sistema prisional retorne a sociedade de forma mais produtiva, acreditamos que o Ministério da Justiça possa contribuir significativamente para chegarmos a todos os estados brasileiros”, afirma.
O presidente da Ajufe reforçou ainda que essa bandeira, voltada para ressocialização e escolarização dos detentos, é defendida por Flávio Dino há algum tempo. Segundo ele, o ministro já conhece esse trabalho, porque o estado Maranhão foi pioneiro ao implantar o projeto, quando Dino ainda era governador, e ele foi um apoio essencial para obterem resultados.