O deputado estadual Marcio Pauliki esteve na Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos para solicitar apoio do governo na recuperação do Rio Tibagi. Ele foi recebido pelo secretário Ricardo José Soavinski na manhã desta quarta-feira (02) e conversaram sobre a reclassificação da bacia hidrográfica. Uma proposta polêmica estuda a possibilidade de rebaixar as águas atualmente classificadas nas categorias 2 e 3 para classe 4, o que poderia permitir que o Rio Tibagi recebe ainda mais poluentes. De acordo com Soavinski, a administração pública não cederá às pressões. O estado é a favor da recuperação da Bacia do Tibagi e contra a reclassificação para baixo. O nosso objetivo é em 10 ou 15 anos elevar a categoria de todas as bacias dentro da realidade de cada uma, afirma. Para Pauliki, o assunto é uma questão de saúde pública. Essas águas irão abastecer o complexo de lagos de Olarias e acabarão chegando perto da casa das pessoas trazendo poluição e doenças. Muitas vezes nós pensamos que as discussões a respeito do meio ambiente estão acontecendo longe da gente, mas são questões que afetam o nosso dia a dia de forma direta, afirma. A classificação é realizada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Ela determina a atividade e potencial dos rios e córregos. Dentro desse sistema, apenas o nível 4 é considerado impróprio para consumo humano. O perigo desse rebaixamento é permitir que empresas joguem ainda mais dejetos no rio e desobrigar que aqueles poluem de investir na recuperação do Tibagi, avalia Pauliki. Instituto Klimionte Ambiental Pauliki também levou representantes do Instituto Klimionte Ambiental até a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Eles apresentaram um projeto de recuperação da mata nativa do Distrito Industrial de Ponta Grossa. O objetivo é plantar 50% de espécies pioneiras, 40% de espécies secundárias e 10% de espécie climax. O projeto para preparo da área, adubação, plantio, coroamento, controle de formigas, plantas daminhas e replantio. A área é de aproximadamente 19 mil m² e custará em torno de R$ 130 mil. O Instituto Klimionte está buscando recursos para o projeto através do Fundo Estadual de Meio Ambiente. É um momento oportuno, pois estamos recebendo os projetos para 2016 que serão analisados pela Secretaria, comenta Soavinski. Ele também disponibilizou mudas através do viveiro para o replantio. Vivemos um momento difícil. A deterioração extrema dos recursos naturais em decorrência das ações e das posturas inadequadas dos seres humanos afeta também a economia e a qualidade de vida da população, explica Roberto Artoni, pesquisador voluntário do Instituto Klimionte. É justamente o impacto econômico que preocupa Pauliki. O meu compromisso é com a defesa do trabalhador. A degradação do meio ambiente e dos recursos naturais tem um impacto profundo nos empreendimentos e na sobrevivência dos negócios, enfatiza. Leia mais: http://www.blogdodoc.com/pauliki-solicita-apoio-do-estado-para-a-recuperacao-do-rio-tibagi/