Das 458 inscrições abertas no Paraná, 56 são para o município
Buscar soluções para a falta de médicos. A saída dos quase 8,3 mil médicos cubanos do programa Mais Médicos compromete o atendimento à saúde primária pública em todo o país. A gravidade da situação pode ser exemplificada em Ponta Grossa, que perdeu 75% dos profissionais. Diante deste cenário, o deputado estadual Marcio Pauliki esteve esta semana em Brasília requerendo atenção especial para a região que atua.
“Mesmo com os prefeitos tentando remanejar profissionais para tentar amenizar a situação, em alguns casos como Ponta Grossa a alta dependência dos médicos cubanos fez com que a área de saúde básica do município ficasse totalmente refém destes profissionais que agora deverão retornar ao seu país”, enfatiza Pauliki.
Como base de comparação, conforme aponta o edital do programa Mais Médicos publicado esta semana, algumas cidades como Londrina irão repor 10 profissionais; Foz do Iguaçu, seis; e Curitiba, cinco. A necessidade de reposição de Ponta Grossa é de 56 novos médicos. “Das 458 inscrições abertas pelo governo federal esta semana para 176 municípios paranaenses, mais de 12% é apenas para Ponta Grossa. Por isso, estamos reforçando às autoridades federais uma atenção e dedicação maior a nossa questão local”, ressalta Pauliki.
Os vereadores de Ponta Grossa Jorge da Farmácia e Dr. Magno também manifestaram preocupação sobre a falta de médicos na cidade. "Essa é uma situação crítica e merece toda a atenção de nós e dos vereadores da Câmara Municipal. Destaco os vereadores Jorge da Farmácia e Dr. Magno que atuam na área e tem nos abastecido com informações atualizadas e técnicas a todo instante", afirma Pauliki.
Pauliki também sugeriu algumas questões importantes para a área da saúde, entre elas, a implementação de uma política pública para que alunos de Medicina formados por universidades públicas e com ajuda do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) prestem obrigatoriamente serviços pelo SUS em um determinado período como forma de contrapartida a sociedade.
Outra proposta do Pauliki é a criação de um plano para que os municípios possam contratar médicos do particular para a prestação de serviço público em seus próprios consultórios. “A prefeitura pode e deve cortar os gastos com despesas não prioritárias e usar parte desse recurso para pagar pelos serviços médicos para que a população possa ser atendida”, explica o deputado. Devido às oscilações do sistema de cadastramento para as novas inscrições ao Programa Mais Médicos, Pauliki também pediu para que o prazo se estenda além do previsto atualmente, que é até o próximo domingo.