União de forças, divisão de tarefas. Eu usava esse lema quando era presidente da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ponta Grossa (Acipg) e trouxe essa máxima para vida pública. Quando soube dos problemas enfrentados pelo Hospital Evangélico, fiz questão de procurar os demais deputados estaduais eleitos pelos Campos Gerais para que pudéssemos unir forças, ficar à disposição da direção do hospital e trabalhar juntos para encontrar soluções rápidas e eficientes. Entre as dificuldades encontradas estão a estrutura precária, a falta de pessoal e a sobrecarga de trabalho. A situação acabou levando o Hospital Evangélico a cancelar atendimentos na região. Infelizmente, não conseguimos somar esforços para resolver de forma definitiva a falta de médicos legistas e a infraestrutura precária do Instituto Médico Legal (IML) de Ponta Grossa que se arrastam há anos. Gostaria de ter buscado audiências e proposto requerimentos em conjunto, mas não foi o que aconteceu. Há poucos dias, foi firmado um convênio entre a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado que sugere a implantação do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) como alternativa à falta de médicos legistas. A Prefeitura Municipal se propôs a ceder, no mínimo, dois médicos e o estado ficará responsável pelo auxílio financeiro para custear o SVO. O problema é que os órgãos têm competências muito diferentes. Ao contrário do IML que investiga as mortes violentas, o SVO é responsável por esclarecer as mortes por causas naturais. Implantar o SVO dentro do IML é correr o risco de sobrecarregar ainda mais uma estrutura que já é precária e carece de profissionais. Foi com essa preocupação em mente que protocolei um requerimento solicitando mais detalhes das medidas acordadas e qual o prazo para que elas sejam implantadas. O requerimento teve a sua discussão adiada pelo líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e entrou em votação apenas na quarta-feira (12), mas ele não foi aprovado. Não é a mim que estão atingindo, mas a toda população dos Campos Gerais que depende dos serviços prestados pelo governo. Não vou me acovardar diante de situações emergenciais e, principalmente, daquelas promessas que estão paradas a tempo. Como presidente da ACIPG, já cobrava melhorias para o IML, a Companhia Independente de Castro, o Batalhão de Telêmaco Borba, a Companhia na Santa Paula e a Casa da Custódia, por exemplo. Esses itens, inclusive, foram promessas de campanha em 2010. É minha obrigação, na qualidade de fiscalizador, a pressão constante. A cobrança não é de hoje e quando alguns grupos políticos tentam atrelar a uma questão política, estão subestimando a inteligência do cidadão. Distorcer o papel legítimo do legislador para o campo da disputa eleitoral é argumento dos acomodados e incomodados. Entrei para a vida pública com a intenção de trazer discussões técnicas, mas as questões políticas ainda prevalecem. Venho tentando insistentemente agendar uma reunião na Secretaria de Estado da Segurança Pública, mas por três vezes o encontro foi desmarcado na véspera. Quando deputados não são atendidos, percebemos que as questões políticas estão acima da técnica. O governo do estado não pode ser indiferente aos deputados, que detêm a confiança do eleitor. Todas as perguntas e questionamentos que eu gostaria de fazer serão expostos na tribuna. Vou continuar enfrentando o status quo e tirando alguns políticos de sua zona de conforto. Meu papel como legislador é cobrar e fiscalizar. Com coragem e determinação, vou continuar buscando soluções para problemas que se arrastam há anos e tanto prejudicam a população dos Campos Gerais. Leia mais sobre esse assunto: http://folhacentrosul.com.br/comunidade/8582/pauliki-critica-as-enrolacoes-do-governo-richa-e-diz-nao-vou-me-acovardar-vou-continuar-enfrentando