Marcio Pauliki - Compromisso com você
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O desafio da empregabilidade

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Você continua gastando o mesmo valor para comprar as mesmas coisas quando vai ao mercado? A sua conta de luz do último mês veio no mesmo valor dos meses anteriores? Esses são alguns exemplos de como os paranaenses estão sentindo em seu dia a dia a alta carga tributária, o aumento dos impostos e a retração do consumo. Nesse momento totalmente inadequado, a Câmara dos Deputados aprovou a redução da desoneração da folha de pagamento. O Governo Federal aumentou em mais de 100% as alíquotas incidentes sobre o faturamento de 56 setores da economia. Empresas de call center e transportes, que pagavam 2% de Contribuição Previdenciária sobre a receita bruta ao INSS, passam a pagar 3%. Para setores ligados aos transportes de cargas, calçados, confecções e empresas de comunicação, a alíquota sobe de 1% para 1,5%. As empresas que eram tributadas em 2%, passam a contribuir com 4,5%. Apenas produtos da cesta básica como pães, massas, suínos, aves e pescados não sofreram com o aumento da carga tributária e mantiveram as alíquotas originais. A medida é um dos principais itens do pacote de ajuste fiscal proposto pelo Governo Federal. O Projeto de Lei nº 863/2015 deveria arrecadar mais R$ 12 bilhões. Entretanto, a iniciativa sofreu emendas e o valor da arrecadação deverá ficar em R$ 10 bilhões. Não resta dúvida de que a conta será paga pelo cidadão. Até mesmo o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná, Guido Bresolin, enviou-me um ofício manifestando a mesma preocupação. Mesmo com os sucessivos aumentos de tributos estaduais e federais, a administração pública não consegue acertar o seu orçamento. O comércio é obrigado a aumentar o preço das mercadorias, as vendas diminuem, o poder aquisitivo da população cai e os empresários têm que dispensar colaboradores. Os lojistas estão fazendo um preço médio entre as mercadorias que estão comprando e as que possuem em estoque para tentar vender. O comércio está tentando segurar, na medida do possível, os reajustes, mas vai chegar uma hora em que a alta será repassada aos consumidores. A redução da desoneração da folha de pagamento vem de encontro ao que o governo estadual e federal deveria fazer que é baixar as alíquotas pra população voltar a consumir e evitar que os empresários sejam obrigados a demitir colaboradores. De acordo com o economista e geógrafo François Bremaeker, o Paraná perdeu 54 mil jovens em idade produtiva em dez anos. O levantamento dos censos de 2000 e 2010 mostrou que cidades menores e rurais foram as mais afetadas com o êxodo. Dos 399 municípios paranaenses, apenas 54 ganharam população entre 20 e 29 anos. O desafio é oferecer empregabilidade para que esses jovens possam exercer suas atividades produtivas e gerar recursos em suas cidades. Estou trabalhando para garantir a manutenção do emprego e a abertura de novas vagas de trabalho para todos os paranaenses neste momento economicamente difícil para a população, para os comerciários e para os industriais. Por isso, através da Comissão de Indústria Comércio, Emprego e Renda da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), propus o Pacto pelo Emprego. Tenho visitado empresários, associações, entidades de classe, Fiep, Faciap, ACP e representantes do governo estadual para apresentar à Secretaria de Planejamento e à Secretaria da Fazenda as melhores propostas de empregabilidade. O objetivo é criar medidas legislativas para que empresas, sobretudo pequenas e médias, mantenham e criem novos postos de trabalho. Leia mais sobre esse assunto: http://folhacentrosul.com.br/outras-noticias/8149/voce-continua-gastando-o-mesmo-valor-para-comprar-as-mesmas-coisas-quando-vai-ao-mercado