Sempre me perguntam porque tem tanta gente que faz questão de ajudar sua comunidade e tantos outros que ficam alheios e muitas vezes apenas reclamam da vida..
Sempre respondo que para estes que ficam de braços cruzados é a “falta de oportunidade” que os afetam e vou responder com uma pequena parábola:
Havia, certa vez, uma jovem de família de classe média, que estava ficando cada vez mais doente. Por fim, ela não queria mais nem se levantar da cama. Era uma doença misteriosa, que nenhum médico descobria.
Um dia, após os exames, o médico chamou os pais dela e disse: “Quero tentar ainda um recurso. Se vocês me permitirem, levarei a sua filha comigo para um passeio”. Os pais concordaram.
No dia seguinte, logo de manhã, o médico parou seu carro na frente da casa deles, a jovem entrou e saíram. Atravessaram a cidade e seguiram por ruas de terra, num bairro bem simples, pararam junto a uma casinha muito humilde.
O doutor disse: “Chegamos. Vamos fazer uma visitinha”. Ao entrarem na casa o médico foi recebido naturalmente, sinal que ia lá com frequência. Ele apresentou a garota e fez perguntas sobre a saúde da viúva e dos filhos.
A mocinha observava tudo. O médico deixou alguns medicamentos e despediu-se. Na volta, a menina perguntou se iam voltar. “Sim” respondeu ele.
Dois dias após, o médico já encontrou a jovem em frente à sua casa já o aguardando. Ela já o esperava, com várias sacolas plásticas cheias de produtos. Durante o percurso, conversou animadamente. Chegando a casinha simples da família foi ela que mais conversou. O médico estava satisfeito. Seu novo “método” de cura estava surtindo efeito.
Voltaram mais vezes. Depois ela passou a ir sozinha, com as amigas, que alargaram o seu círculo de amizades junto às famílias mais humildes. Algumas semanas depois, a moça estava curada, bonita e disposta.
Conclusão:
Os nossos dons, nossas vocações foram feitas para serem usados e retribuídos a nossa comunidade e não guardados só para nós. Mas para isso precisamos dar esta oportunidade para nós mesmos, e quando puder, ofereça também esta oportunidade para os que estão a sua volta. Ajudar ao próximo de forma voluntária é mais do que um dom, é uma vocação. Pratique!