Sou contra o reajuste de 5% oferecido pelo governo do estado aos servidores públicos. Meu voto será não, afirma o deputado estadual Marcio Pauliki.
O projeto de lei poderá ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná e entrar em votação nesta semana. De acordo com a administração estadual, a proposta foi elaborada conforme a capacidade orçamentária e financeira do estado e deve ser paga em duas parcelas. Os servidores alegam que o reajuste está abaixo da inflação e pedem o mínimo de 8,17% que, segundo o Banco Central, é a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses.
Pauliki comenta que o cidadão tem enfrentado aumento de inflação, de juros e de impostos, consequência dos ajustes fiscais propostos pelo estado e pela federação. Mesmo com todas as dificuldades, os empreendedores repõem os salários de seus colaboradores até acima da inflação. Os custos são compensados reduzindo despesas e reavaliando processos. Algo ainda, infelizmente, impensável na gestão pública, frisa.
O deputado destaca que existe um histórico na economia que, após os dissídios, há um aquecimento da economia proporcional ao aumento dos salários. Para o governo, a conta também é válida.
Quando a economia aquece, as arrecadações crescem proporcionalmente. O perigo é não enxergar isso e apenas aumentar os custos do cidadão. Para o deputado, a diferença entre o privado e o público é o planejamento e o fluxo de caixa a longo prazo. O poder executivo também deu por encerradas as negociações com os sindicatos de servidores públicos. As paralisações de professores da rede estadual e do ensino superior foram consideradas abusivas pela Justiça e, com base nisso, o governo anunciou o registro das faltas e o desconto no salário dos grevistas. Para garantir o mínimo de 200 dias letivos na rede pública, o estado abrirá novo Processo Seletivo Simplificado (PSS) para a contratação de professores temporários; além de avançar nas horas de descanso, que já compromete as férias de julho e os sábados. Diretores que estimularam a paralisação, tenham mantido escolas fechadas ou dificultado o acesso de estudantes e professores sofrerão processos por insubordinação. A administração estadual deve destinar R$ 260 milhões, ainda em 2015, para quitar benefícios que estão em atraso, como promoções e progressões de carreira. Espero que o governo tenha a sensibilidade de nos reenviar uma nova proposta que garanta a reposição da inflação aos servidores para que a não se percam os direitos conquistados ao longo dos últimos anos. Servidores motivados geram um governo melhor para todos!, enfatiza. Leia mais sobre esse assunto: http://www.diariodoscampos.com.br/politica/2015/04/pericles-e-pauliki-rejeitam-mudancas-no-paranaprevidencia/1390687/