Marcio Pauliki - Compromisso com você
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Empreendedorismo e política: uma visão técnica

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Nesta semana, discutimos na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) mais um pacote de aumento de impostos. Todos nós concordamos que o momento econômico e político no Brasil é delicado. Como empreendedor há mais de 22 anos, nunca presenciei uma crise econômica tão grave; como deputado de primeiro mandato, a desconfiança da sociedade coloca o trabalho parlamentar à prova a todo instante. Em nenhum momento o meu posicionamento político será diferente do que aprendi ao longo da minha vida empresarial ligada ao associativismo e às responsabilidades sociais. Minha experiência em gestão sempre norteará minhas decisões, pois são os critérios técnicos que me dão força e independência para votar por convicção, em defesa dos interesses da sociedade. O posicionamento independente adotado pelo PDT nas votações no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa tem evidenciado que o partido considera algumas diretrizes equivocadas. O ajuste fiscal proposto pelo Governo Federal e Estadual se resume ao aumento dos impostos. Infelizmente, o poder público ainda não aprendeu com o setor privado que rentabilidade não se atinge com o aumento da arrecadação, mas com a redução de despesas. Aumento de impostos reduz consumo, que reduz impostos, que aumenta a inadimplência e que gera o maior de todos os problemas: o desemprego. Para aumentar as receitas, os governos precisam combater a sonegação. Dessa forma, a produtividade será maior, os impostos serão mais justos e proporcionais, além de acabar com a concorrência desleal entres as empresas. Recentemente, participei de um seminário em Portugal que apresentou as políticas públicas adotadas no país. Os problemas econômicos por lá começaram em 2005 e o governo tentou combater a crise com o aumento de impostos e a redução do consumo com o aumento dos juros. Passados 10 anos a crise continua e a expectativa é de crescimento zero ainda para os próximos anos. Hoje, os candidatos a presidente de Portugal (a eleição acontece em outubro), têm como plataforma o aumento do consumo por intermédio da redução de juros e impostos. Como empreendedor nato e como político, penso que a sociedade abandonou o autoengano e passou a discutir seus problemas. A minha contribuição como deputado, principalmente como Presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda, é oferecer às entidades e ao Governo do Estado estudos técnicos sobre a redução de algumas alíquotas de impostos que, na verdade, estão tirando recursos que o estado poderia investir em saúde, segurança e educação, por exemplo. Eu também elaborei um conjunto de soluções que irão motivar os empresários não só a manter, mas gerar mais empregos. Minha proximidade com o Governo Estadual e Federal está fundamentada às questões cnicas, pois entendo que se a administração pública tiver como objetivo uma gestão de governança estará aberta para essas discussões. Por outro lado, nesse momento ter proximidade política é concordar com ajustes fiscais equivocados. Não troco a liberdade de defender os interesses da população por nada! Leia mais: http://folhacentrosul.com.br/outras-noticias/8950/como-empreendedor-nunca-presenciei-uma-crise-economica-tao-grave-diz-pauliki