Os três deputados eleitos por Ponta Grossa apresentaram nesta segunda-feira (06) requerimentos em que pedem explicações sobre a superlotação do Cadeião Hildebrando de Souza e o atraso para o início da construção da Casa de Custódia. Os pedidos dosdeputados Plauto Miró Guimarães Filho (DEM), Márcio Pauliki (PDT) e Péricles de Mello (PT)são destinados ao secretário estadual da Segurança Pública, Wagner Mesquita de Oliveira, e ao secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão de Mattos Leão Júnior.
Os deputados querem saber, por exemplo, os motivos que mantêm a estrutura do cadeião estar superlotada, ao ponto de a justiça ter interditado parcialmente, na semana passada, a unidade a pedido do Ministério Público.
“Estamos preocupados com essa situação que se arrasta por anos em nossa cidade. Precisamos saber com exatidão o que acontece com o cadeião para poder ajudar o Estado a encontrar uma solução definitiva para esse problema. Não dá mais para ignorar que o Hildebrando é uma bomba prestes a explodir”, afirmou Plauto. Para o deputado, o fato de a juíza Michelle Delezuk determinar a transferência imediata de presos condenados demonstra a gravidade do caso.
Pauliki, que também faz constantes cobranças junto ao governo sobre esse tema, disse que “como representantes da sociedade, devemos agir para melhorar a segurança pública da região. A construção da Casa de Custódia é uma das nossas reivindicações e que a comunidade necessita com urgência”, afirma Pauliki. “Temos que tomar medidas para dar mais segurança a todos”, completa.
Na mesma linha, o deputado Péricles lamentou a falta de um posicionamento firme por parte dos governantes para acabar com o excesso de pessoas dentro do cadeião. “Depois de muitos anos de esforço das principais lideranças de Ponta Grossa para construir a Casa de Custódia, reformar a cadeia pública, até agora nada foi feito e continua um processo grave de superlotação. Lamento a incapacidade do governo de buscar uma solução”.
Em outubro do ano passado, durante uma reunião pública na sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Plauto e Pauliki apresentaram ao secretário Wagner Mesquita as demandas do sistema carcerário da cidade e pediram urgência na construção da Casa de Custodia.
Na mesma ocasião a presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Ponta Grossa (Conseg-PG) Jane Villaca relatou a falta de manutenção básica no prédio que foi projeto para 207 pessoas, mas que abriga aproximadamente 800. O excesso de presos comprometeu o funcionamento da rede elétrica e hidráulica, o que compromete inclusive a higiene das celas. Villaca também apontou problemas com a alimentação.
Cauteloso, Mesquita não fez promessas naquele momento, mas garantiu que estudos seriam feitos para instalar Unidades Modulares de Concretos para acomodar parte dos presos. O secretário também garantiu que era uma questão de tempo para que as obras da Casa de Custódia fossem iniciadas, pois, a previsão de entrega era junho de 2018.