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Audiência debate “Carne Fraca” na próxima semana

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14/04/2021

Na próxima semana, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) será palco de uma audiência pública para debater os reflexos da “Operação Carne Fraca”, desencadeada pela Polícia Federal. O intuito da audiência, marcada para as 9 horas da próxima terça-feira (11), é buscar esclarecimentos técnicos e discutir os impactos da operação. São esperadas cerca de 100 pessoas no evento que será realizado no Plenarinho da Alep. A audiência foi convocada pelo presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Emprego e Renda da Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Marcio Pauliki. Também fazem parte da organização do evento os deputados Nelson Luersen, da Frente Parlamentar dos Transportes Rodoviárias de Carga, Pedro Lupion, da Comissão de Agricultura e Pecuária, e Anibelli Neto, do Bloco da Agricultura Familiar. Uma das principais razões para a Alep convocar a audiência é o número de fábricas do Paraná citadas na investigação – de um total de 21, 18 estão localizadas em território paranaense. A “Operação Carne Fraca” causou desconfiança no mercado externo em relação à carne produzida no Brasil. Além disso, o desemprego tomou conta do mercado deste segmento. Três frigoríficos localizados Região Metropolitana de Curitiba e em Curitiba e que foram alvos da Operação Carne Fraca demitiram, juntos, perto de 600 funcionários. “Precisamos debater com a sociedade os rumos desta operação e os critérios técnicos adotados. O impacto na geração de emprego e renda é preocupante”, afirma o deputado Pauliki. Ele defende que os fatos sejam apurados e averiguados pelo polícia, Ministério Público e Poder Judiciário. “Mas não devemos cometer a injustiça de arrastarmos todos os produtores e empreendedores para o mesmo lugar”, pondera. “O assunto é tão importante que conseguimos reunir duas comissões, uma frente parlamentar e um bloco parlamentar para tomar a iniciativa de debater esse assunto”, ressalta o deputado Anibelli Neto. A Comissão irá convocar representantes de diferentes setores envolvidos no assunto, como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Emater, Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), Vigilância Sanitária Estadual, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Agência de Defesa Agropecuária do Paraná,  Secretaria Estadual de Agricultura, Associação Paranaense de Suinocultura, Associação Paranaense de Supermercados, Associação Paranaense de Avicultura, Sindicato de Indústria de Carnes e derivados do Estado, Ministério da Indústria e Comércio, Ministério das Relações Exteriores, Polícia Federal e Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal. “É preciso que esse tema seja debatido de forma transparente”, ressalta o deputado Nelson Luersen. O deputado Pedro Lupion afirma que é preciso se preocupar com os postos de trabalho. “É um setor que gera muito emprego e nos preocupamos com exatamente com o futuro desses trabalhadores”, salienta. Em estudo recente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) está previsto que, para suprir a demanda mundial de alimentos, produção e oferta terão de crescer 40% nos próximos 20 anos. Com o crescimento da população e a mudança de hábitos de alimentação, especialmente nos países emergentes, a dieta que hoje é composta por 20% de proteína animal deve chegar a 30% no mesmo período. “O Brasil é responsável por suprir quase metade dessa produção. É preciso ter responsabilidade para apurar os fatos”, aponta Pauliki. O Brasil possui o segundo maior rebanho do mundo, com 22,5% do total de cabeças de bovinos, sendo o maior exportador. Na produção de carnes de aves e suínos também ocupamos posição de destaque no mercado mundial. Assim, o setor de carnes e derivados é responsável por 16% do total de nossas exportações. A Operação Carne Fraca foi deflagrada no último dia 17 e apura um suposto esquema de fraude na produção, fiscalização e comercialização de carnes, envolvendo pagamento de propina aos fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A investigação teria encontrado indícios de adulteração de produtos e venda de carne vencida e estragada.