Marcio Pauliki - Compromisso com você
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Os desafios dos prefeitos eleitos

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14/04/2021

Neste domingo (30), acontece o segundo turno das eleições municipais em diversas cidades paranaenses e os cidadãos irão decidir quem estará à frente das prefeituras municipais pelos próximos quatro anos. Passada a alegria da vitória nas urnas, os prefeitos eleitos enfrentarão um grande desafio. A crise econômica afetou a arrecadação de impostos e deixou as contas públicas desequilibradas. Isso exigirá ainda mais habilidade para que não instaure um verdadeiro colapso financeiro. O Brasil possui 5.568 municípios e, em 2015, 42,6% deles não conseguiram pagar todas as suas contas. Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), 60% das prefeituras vão terminar o ano de 2016 no vermelho. Infelizmente, a tendência é que a situação piore ainda mais. Os prefeitos eleitos terão que reduzir drasticamente os gastos públicos evitando desperdício. O caminho para termos uma gestão adequada com a realidade fiscal e econômica atual é a redução das despesas discricionárias, aquelas não obrigatórias e que representam cerca de 10% do orçamento. Os prefeitos eleitos devem cortar 30% se seus próprios salários, exonerar até 50% dos funcionários em cargos comissionados, reduzir 50% das gratificações por função, devolver celulares funcionais e renegociar 25% dos contratos com prestadores de serviço do município. Essas ações que eu estou sugerindo têm como objetivo enxugar custos da máquina pública para evitar cortes em investimentos e nos serviços disponibilizados ao cidadão. Elas são fundamentais para evitar que sejam feitos cortes na saúde, na educação, na segurança. As prefeituras terão que adotar essas e outras medidas de caráter administrativo para enfrentar um cenário de recessão, queda da atividade econômica e da arrecadação.  A Revista Exame publicou, nesta semana, um ranking com as 100 melhores cidades para investir e que souberam como se sobressair frente à crise. Os municípios que se tornaram exemplo de gestão melhoraram o ambiente de negócios em meio à recessão atraindo empresas e investidores. No Paraná, são oito cidades que podem contribuir com ideias e projetos neste sentido.  Infelizmente, em algumas cidades, essa lição de casa não foi feita quando já se fazia necessário e agora o corte na carne deverá ser muito maior. O controle de gastos precisa ser feito com urgência, de forma firme e responsável. Se ele não for realizado, a consequência é inimaginável.  Talvez o maior benefício dessa crise que estamos atravessando seja mostrar a importância do controle de gastos e a responsabilidade com as contas públicas. O orçamento dos municípios precisa ser gerido com seriedade e transparência. Nos próximos anos, nos veremos novas estruturas de gestão, mais investimento em planejamento e redução das estruturas das secretarias e demais órgãos. Essa maneira de enxergar a administração pública veio para ficar e tenho certeza de que o cidadão acompanhará atentamente os próximos passos dos prefeitos eleitos. As cidades que fizerem os cortes necessários para manter os serviços públicos e conseguirem atrair investidores irão se sobressair e voltarão a crescer. Marcio Pauliki - Deputado Estadual Leia mais: http://www.diariodoscampos.com.br/politica/2016/10/pauliki-afirma-que-rangel-tera-desafios-para-gerir-contas-em-ponta-grossa/2273375/